quinta-feira, 18 de março de 2010

A influencia da Nutrição no Sistema imunológico




O sistema imunológico (SI) constitui a defesa do organismo contra a ação de microorganismos patogênicos (que geram doenças). A nutrição desempenha papel importante na imunidade, pois alguns estudos têm mostrado que a alimentação balanceada e alguns nutrientes específicos podem beneficiar a resposta imunológica.
Além disso, recentes, estudos têm associado o impacto positivo da prática regular de exercícios físicos na melhora do mecanismo de defesa. Deixo aqui algumas dicas de alimentos e nutrientes que podem fortalecer o sistema imunológico protegendo contra infecções, gripes em geral e etc. Podemos destacar os Ômega 3 e 6, gorduras boas que têm o poder de melhorar a resposta imunológica quando associado a uma alimentação balanceada. Esses nutrientes estão em peixes e castanhas. A Vitamina C tem ação antioxidante e têm efeitos benéficos principalmente em infecções respiratórias e nas gripes, pode ser encontrada na laranja, acerola, limão, abacaxi, mexerica.
Os Probióticos são bactérias benéficas contidas no iogurte, leite fermentado ou vendidas na forma de suplementos, que colonizam o intestino e trazem benefícios à saúde humana, pois impedem a proliferação de microorganismos causadores de doenças. As proteínas são formadas por vários aminoácidos e alguns deles estão mais relacionados com a função imune, entre eles a arginina (que combate infecções causadas por vírus, bactérias, fungos, protozoários e vermes, encontrada nas carnes, leite, ovos, queijos, alho, ervilhas, grãos e nozes) e a glutamina (que alimenta as células de defesa) encontrada em alimentos de origem animal e no feijão, salsa, espinafre e beterraba. Alimente-se bem e cuide-se.

Ádila Neves Mizrahy
adila@vivanutri.com.br


Referencia bibliográfica: Yoshida SH, Keen CL, Ansari AA, Gershwin ME. Nutrição e Sistema Imunológico. In: Shils ME et al. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9ª edição, Editora Manole, Barueri, 2003.

Mitos das dietas Milagrosas





Perca peso rápido! Experimente a dieta da proteína, a do tipo sanguíneo, a do chá verde ou beba este shake e perca 5 quilos em 10 dias. Com tantas promessas de produtos e dietas é fácil ficar confuso. A dieta da proteína exclui carboidratos (pães, massas, cereais e batata), pode promover perda de peso mas está relacionada com o aumento do colesterol, problemas cardíacos e renais, nervosismo, tonteiras e carência nutricional.
A dieta do tipo sanguíneo não tem comprovação científica e exclui alimentos importantes em cada tipo de sangue tornando a alimentação desequilibrada. O chá verde realmente é bom para a saúde, acelera levemente o metabolismo e pode favorecer uma pequena perda de peso, mas em excesso, por conter teofilina e teobromina (metabólitos da cafeína) pode ser prejudicial à saúde e ser tóxico.
Apesar de tantas ofertas milagrosas, o que se sabe com certeza é que para perder peso é necessário diminuir a quantidade diária de calorias ingeridas sem esquecer da qualidade da alimentaço. Associada à atividade física há um aumento do gasto energético, o que potencializa o emagrecimento. Estudos sugerem que esta perda deve ser gradativa para que seja duradoura alem disso, perdas rápidas eliminam água e massa muscular e muito pouca gordura. Uma perda de 0,5 kg por semana é o ideal para quem quer perder peso e manter a saúde.

quarta-feira, 17 de março de 2010

AÇÚCAR OU ADOÇANTE?




Eis a questão. O açúcar (sacarose) é produzido a partir da cana de açúcar ou da beterraba, cada grama possui 4 calorias e pode ser encontrado em formas refinadas e em cristais. Quanto mais refinado e branco for o açúcar, menos vitaminas e sais minerais ele possui, portanto, prefira os tipos mascavo ou demerara que possuem cálcio, ferro, potássio, magnésio, fósforo, sódio, flúor e cobre, vitaminas A, D, E, C e do complexo B.

Existem vários adoçantes disponíveis no mercado como frutose, aspartame, sucralose, sorbitol, entre ciclamato, manitol, sacarina e acessulfame-k. O ideal é escolher adoçantes naturais como os à base de sucralose e de plantas como a Stevia rebaudiana, pois estes podem ser usados por gestantes, crianças, diabéticos, hipertensos, e todas as pessoas de uma forma geral.

Diabéticos não devem usar os açúcares comuns e sim adoçantes. Hipertensos que precisam controlar o peso e fazem uso de adoçantes, devem evitar os à base de ciclamato e sacarina sódica por conterem sal e podem alterar a pressa arterial.

A escolha entre adoçante ou açúcar depende muito do objetivo de cada pessoa, se você procura perder peso o adoçante é uma maneira de diminuir as calorias do dia, mas não adianta nada se sua alimentação não for balanceada em quantidade e qualidade também. Da mesma forma, se você escolher o açúcar, tenha moderação, pois ela o alimento preferido das bactérias ruins do intestino, e colaboram para a obstipação (intestino preso).

Esteja sempre atento às recomendações do seu médico e/ou nutricionista e faça uma boa escolha!

Ovo: comer ou não comer?



Essa é uma pergunta que me fazem com uma certa frequência . Respondo que sim, é um alimento nutricionalmente completo, de baixo custo e portanto acessivel, sendo fonte de proteína de alto valor biológico com as carnes em geral. ele Entretanto, como todo alimento de origem animal, o ovo contem colesterol, gordura que em níveis sanguíneos aumentados está relacionado com o desenvolvimento de doenças cardíacas. O ovo foi praticamene excluído das dietas saudáveis nas últimas décadas por ser considerado inimigo do coração.
Atualmente, muitas pesquisas tem sido realizadas e novas descobertas foram feitas sobre a composição nutricional do ovo e muitos produtores modoficaram a ração dada as galinhas resultando em ovos com menos gordura ou enrriquecidos. Hoje pode-se encontrar nos mercados ovos light, enrriquecido com ômega-3, com menos colesterol etc, o que é válido, dese que o produto tenha o selo de algum órgão fiscalizado para garantir esses diferenciais.
Um estudo recente avaliou o teor de proteína, gordura e de colesterol em ovos vermelhos (caipiras) ovos brancos ovos brancos com ômega-3, ovos brancos com teor reduzido de colesterol e ovos de codorna. Os resultados não mostraram diferenças significativas entre o teor de proteína, mas os ovos de codorna apresentaram o maior teor de gordura e os ovos caipiras o maior teor de colesterol.Um ovo tem cerca de 85 calorias, 200 mg de colesterol, é fonte de vitamina D e K, tem aminoácidos essenciais (que nosso corpo é incapaz de sintetizar), é fonte de luteína, um antioxidante que protetor da retina dos olhos, é rico em colina, substância que está associada com melhora da depressão e da função cognitiva. O Ovo não é só colesterol!
Um outro estudo mostrou que a gema do ovo não é a responsável pelo aumento de colesterol no sangue, seu colesterol pode ser metabolizado de forma benigna pelo corpo humano. Demonstrou também que os indivíduos que consumem mais ovos, não são os que apresentam as maiores taxas de colesterol, concluindo que o excesso de colesterol não está relacionado com a ingestão de ovos e sim com o sobrepeso, a obesidade e o baixo consumo de fibras.
A American Heart Association (AHA) recomenda o consumo de 300 mg por dia de colesterol para pessoas saudáveis em geral e 200 mg por dia para quem precisa controlar, por ter exames alterados (colesterol total acima de 200) ou para quem tem influência genética a ter colesterol alto.
Resumindo, mantenha um peso saudável, consuma cereais integrais diariamente, faça uma atividade física regular e tenha uma dieta balanceada com carboidrato, proteína, frutas e verduras, sem precisar excluir ovo. Mas para quem já está com o colesterol alto, precisa não só controlar alimentos ricos em coesterol com também incluir outros que auxiliam no controle do colesterol ruim (LDL) e que aumentam o colesterol bom (HDL). O Ovo então, não é o vilão da história.
Compare os 200 mg de colesterol do ovo:
100 gramas de camarão grelhado = 460 mg de colesterol
1 copo de leite integral (200 ml) = 28 mg de colesterol
1 copo de leite desnatado (200 ml) = 28 mg de colesterol
1 bife de picanha sem gordura (150 gramas) = 150 mg de colesterol